“Quem me conhece nem desconfia que não nasci no Brasil. Nasci em 1965 em Buenos Aires (Argentina), mas vim para cá aos 7 anos de idade. Lembro-me dos meus avós, pais e tios sempre lendo livros e jornais e cresci imitando esses adultos que eu admirava muito. Troquei muitas correspondências com avós e primos, o que certamente contribuiu para que, muito tempo depois, me tornasse escritora. Sou formada em química, porque sempre fui muito curiosa e queria saber do que eram feitas as coisas. Por isso passei muitos anos escrevendo cartas comerciais e outros textos técnicos, mas nunca me afastei de minhas maiores paixões: as crianças e a leitura literária. Já morei em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas minha literatura nasceu na cidade onde criei meus dois filhos: a bela Teresópolis, na região serrana fluminense, onde trabalhei como voluntária em um abrigo para crianças e adolescentes em risco social. Hoje escrevo em versos e prosa para estabelecer um diálogo afetivo com as crianças e os jovens, por meio de histórias que possam chegar aos corações que palpitam com a perplexidade de quem está começando a conhecer a vida. Muitos dos meus livros abordam temas sensíveis da infância e da adolescência. Quando me perguntam o que me levou a ser escritora, respondo: eu escrevo os livros que gostaria de ter lido quando criança! Sou também tradutora do espanhol, contadora de histórias, locutora, palestrante e bagunceira literária (organizo e participo de eventos literários voltados para a infância e juventude). Desde 2013 faço parte da diretoria da AEILIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil), já fui vice-presidente e tesoureira. Em setembro de 2015, assumi a cadeira nº 21 da Academia Teresopolitana de Letras. Minhas # favoritas são: #todomundocabenomundo, #culturadaempatia, #alteridade e #coexistência. A literatura pode ser um ótimo caminho para fazer com que possamos compreender o que o outro pensa e a sentir como o outro sente. Eu acredito que empatia é a chave que abre as portas para um mundo melhor, em que todos podemos coexistir em harmonia, dando menos valor ao que nos separa e nos congregando pelo que nos une.”
Andrea Viviana Taubman
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